Num final de um dia de trabalho, exausto e taciturno, recosto-me no meu divã no intuito de me libertar do cansaço e dos problemas do quotidiano circundante.
Transposto temporariamente para o mundo etéreo, inicio uma viagem calma…, sem rumo…. e sem horários a cumprir.
No pleno gozo e apreciação das maravilhas do que o compõe, na multiplicidade de escolhas oferecidas na digna visita, algo de surpreendente acontece, aquando da bifurcação de vários caminhos, no sem rumo da minha viagem.
Diante de mim, como aparecido do nada, surge uma enorme mão avisadora do meu lado esquerdo, com a seguinte ordem “STOP estás em contra-mão – RECUA”.
Surpreso com este aviso, executo a ordem, parando de imediato e recuando libertando a faixa.
Mal tinha abandonado a faixa sinalizada, apercebo-me da circulação de uma viatura em grande velocidade, no sentido contrário ao do que eu levava quando entrei na faixa de rodagem.
Encontrava-me perante um acesso de sentido proibido a um Itinerário Principal.
O som estridente do meu despertador, pôs fim a esta viagem, acordando-me e libertando-me do pesadelo.
Terra- à-terra, interrogo-me: Será que se transportássemos o aviso para a nossa dimensão, evitaríamos mortes descuidadas?
Pensemos….
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