terça-feira, 7 de julho de 2009

Comemoração do 25 de Abril de 2008


Caro Presidente da Assembleia Municipal de Loures
Caro Presidente da Câmara Municipal de Loures,
Caro Presidente da Assembleia de Freguesia de Bobadela,
Caro Presidente do Executivo da Junta de Freguesia de Bobadela,
Caros representantes dos partidos com assento na Assembleia de Freguesia,

Caros amigos e amigas,

Minhas senhoras e meus senhores

Comemora-se hoje mais um aniversário da Revolução de 25 de Abril ( dia da liberdade), que decretou o fim da ditadura do Estado Novo ( regime político que vigorava em Portugal desde 1926), dando-nos, liberdade e vida, também conhecida como a “Revolução dos Cravos”, numa alusão primaveril e campestre, pela condução das operações , pelos militares que conceberam o
golpe, apelando a todas as partes, que a acção não fosse manchada de sangue.

A Revolução de Abril de 1974, foi programada e levada a cabo, por um grupo de militares – na sua maioria, capitães unidos no movimento das forças armadas (MFA) -, descontentes com o regime e a localização militar resultante da guerra colonial.

A vitória do movimento das forças armadas (MFA), é fruto também do apoio da população, na vontade de restaurar liberdades perdidas e enterrar um regime podre e caduco.

Aos jovens de hoje, será difícil imaginar, o que era viver num Portugal pré-revolução, onde quase todas as famílias, tinham alguém a combater em África, onde a expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era severamente reprimida pelo aparelho censório e policial, onde os partidos e movimentos políticos eram proibidos, sindicatos estreitamente controlados,
greve interdita e a vida cultural fortemente vigiada.

Transpondo-me para África, a notícia do 25 de Abril, é divulgada mais ou menos do seguinte modo: “parece que nos Puto, os militares revoltaram-se contra o governo, e há lá uma grande maca”.

Confusão total gera-se em torno do que aconteceu nos Puto, e toda a gente questiona-se sobre o que vai acontecer em África ( Angola).

As tropas Portuguesas após esta data, passam a ter outra missão em Àfrica que se resume, na manutenção da ordem e apoio transitório para a independência.

De imediato surgem movimentações disfarçadas, dos movimentos de libertação, em direcção à capital e outras cidades, que logo após a Independência, transformam - se numa guerra civil sangrenta, que eclodiu em 1975 entre os três principais movimentos de libertação.

A guerra fez emigrar para as cidades já sobrelotadas, o povo do interior do país, resultando desse modo, uma pobreza indescritível, e um ambiente de doença e crime.

Devido à instabilidade e insegurança criada em consequência da guerra civil, grande parte do povo foge para vários lugares de todo mundo, à procura da paz.

Desta mesma guerra saem inúmeros mutilados por minas anti pessoais, fazendo de Angola, o maior número de amputados per capita do mundo.

Lamentavelmente, a revolução do 25 de Abril, que em Portugal permitiu a transição para um regime democrático, com ideais de respeito pelo próximo, solidariedade e liberdade, não se verificou nas ex-colónias e ainda hoje está por acontecer.

Em Portugal, como todos sabemos, foi com a revolução do 25 de Abril que adquirimos as liberdades de opinião, de expressão e de imprensa. Não existem hoje limites a essas liberdades que não sejam os limites deontológicos e da convivência democrática entre todos nós. Dizer-se que hoje vivemos um regime autoritário e restritivo das liberdades é uma ofensa para todos os combatentes e opositores antifascistas que lutaram contra o regime do Estado Novo. A nossa
democracia é ainda muito nova, 34 anos não fazem um regime, nem o permitem consolidar de forma sólida. Existem ainda muitos resquícios das instituições e hábitos do Estado Novo, alguns tão entranhados no dia-a-dia dos cidadãos que é bastante difícil acabar com eles. No entanto bons sinais têm sido dados para renovar o espírito solidário e progressista do 25 de Abril, para apenas dar um exemplo, o programa “ Novas Oportunidades”, que se baseia no enriquecimento teórico e prático de todos os cidadãos e na certificação das suas competências permitindo o acesso a melhores condições e ao reconhecimento do trabalho, muitas vezes de uma vida inteira. Este programa é fruto das políticas democráticas vigentes, rumo a uma melhoria de vida para todos Nós.

Para terminar, não poderia deixar de congratular, o Executivo da Junta de Freguesia de Bobadela, liderado pelo seu Presidente, Sr. Fernando Neves de Carvalho, por dar a oportunidade a todos os partidos políticos com assento na Assembleia de Freguesia de terem espaço nesta sessão solene, algo que até ao 25 de Abril de 1974 era simplesmente impensável. É de louvar o espírito democrático com que tem regido esta freguesia, ouvindo todos os partidos políticos e incorporando todas as boas sugestões nos projectos da autarquia. São estes exemplos que perpetuam os ideais da revolução dos cravos e os passam para as gerações mais novas.

Muito obrigado pela atenção dispensada.

Viva o 25 de Abril

Viva Portugal

Bobadela, 24 de Abril de 2008

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Apresentação do Candidato do PS à Junta de Freguesia de Bobadela

Hoje, pelas 21 horas na sala do Clube Recreativo Bobadelense, realiza-se a sessão de apresentação do Candidato do Partido Socialista à Junta de Freguesia de Bobadela, Nuno Ricardo Dias.

A presença de todos é importante. Compareçam.